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Performance ou brincadeira: o que é mais importante durante a infância



Imagem Canva designer

Na infância, o cérebro passa por um período único de desenvolvimento, criando trilhas neurais essenciais para habilidades cognitivas, emocionais e motoras que a criança levará para a vida inteira. A neurociência nos mostra que essa é uma fase onde o aprendizado ocorre de forma mais natural e efetiva por meio de experiências lúdicas e interativas. Quando a criança brinca, áreas cerebrais ligadas à atenção, memória e regulação emocional são ativadas, permitindo que ela processe informações de maneira leve e espontânea. Já a psicomotricidade destaca como o movimento durante as brincadeiras ajuda na coordenação motora, no equilíbrio, na lateralidade e na percepção do próprio corpo no espaço e com outro. Tudo isso contribui para que a criança desenvolva autoconfiança e autonomia.


No entanto, quando colocamos o foco excessivo na performance desde cedo, o impacto pode ser negativo. Pressionar a criança para alcançar resultados pode gerar frustração acentuada, cobrança e medo de errar e até mesmo ansiedade, depressão ou irritabilidade especialmente em uma fase em que ela ainda está descobrindo o mundo e seus próprios limites. Esse tipo de abordagem também pode afetar o vínculo emocional entre pais e filhos, afastando a criança do sentimento de segurança e acolhimento que é tão necessário para seu bem-estar emocional, podendo ocasionar dificuldade em se expressar e dialogas com os pais por medo de julgamento.


O Brincar, ao contrário, não é apenas diversão: é aprendizado em sua forma mais pura e efetiva. Durante uma brincadeira, a criança enfrenta desafios, resolve problemas, explora a criatividade e aprende a lidar com frustrações de maneira natural e saudável. É nesse ambiente livre de julgamentos e expectativas que ela pode experimentar, testar limites e crescer.


Portanto, o equilíbrio é a chave. Enquanto a performance tem seu papel em momentos específicos e fases mais avançadas do desenvolvimento, na infância o que realmente importa é a liberdade de ser criança. É nesse espaço que nasce a curiosidade, a criatividade e a vontade de aprender, sem que essas qualidades sejam sufocadas pelo peso de metas e resultados.


Agora, pare e reflita: o que mais fortalece o emocional do seu filho e cria memórias felizes? O desejo de corresponder a expectativas ou a liberdade de explorar, brincar e ser apenas ele mesmo?


Observe o seu filho!

Até a próxima!

Evelyn de Paula Pereira


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