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INTELIGÊNCIA EMOCIONAL NA EDUCAÇÃO INFANTIL



Quando falamos sobre inteligência emocional na infância é para que ela já comece a construir bases para que cresçam capazes de se equilibrar e construir relações sociais saudáveis. E se a criança aprende a identificar as próprias emoções e reconhecer o mundo emoções do outro ela se torna mais sensata. Por isso, é necessário que a criança desde cedo estabeleça relações e vínculos saudáveis entre família, com a escola e meio em que frequenta , para que desenvolva melhor sua vida social, pessoal e profissional na vida adulta.


Como citado, o primeiro passo para desenvolver as emoções da criança e reconhecê-las em si mesma suas próprias emoções e dificuldades, bem como as das outras pessoas. Entender esse caminho é o primeiro caminho para que ela tenha um comportamento saudável.


Com isso, os profissionais que atuam com essa faixa etária, irão auxiliar os pequenos a identificarem suas emoções, dificuldades e frustrações, para que possam lidar de forma equilibrada e resoluta, transformando essas experiências em aprendizado. E isso, faz com que a criança construa relações baseadas no RESPEITO E EMPATIA.


O que cada criança consegue assimilar em cada fase na primeira infância:


-> 6 meses a 1 ano: o bebê começa a se perceber como individuo e passa a estranhar pessoas. Onde há as maiores dores do pico crescimento. Fase de adaptação familiar.


-> 1 a 4 anos: as relações familiares já se estruturam, porém ainda há bastante dependência emocional da criança e disputa de atenção entre irmãos. Nessa fase, há o aprendizado de compartilhar objetos. E também elas passam a expressar suas vontades e desafiam os pais/profissionais. É preciso muito diálogo de repetição. O cérebro ainda é imaturo para lidar com o externo.


-> 4 a 7 anos : a necessidade de trocas afetivas fora do ambiente familiar, sendo uma fase mais afetiva e tranquila. Nessa fase, a criança é imaginativa e criativa. E muitas vezes conectam e identificam as suas questões através de histórias.


Ao longo da primeira infância as emoções se modificam o tempo todo de forma intensa, por isso, é papel do adulto ajudar e conduzir a criança para que compreendam os acontecimentos, atitudes e condutas e é só assim que a criança terá desenvolvimento pleno de suas emoções.


O que a criança aprende na escola ou outras atividades extra escolar?


A família tem um papel crucial e inicial no processo para estimular essas habilidades emocionais. No entanto, para que haja sucesso na intervenção escolar e atividades extras, é necessária parceria entre todos os envolvidos. É através da confiabilidade dos pais no trabalho dos profissionais que a criança se sentirá segura no processo de sua aprendizagem e desenvolvimento sócio-emocional.


Algumas questões que são destacadas nesse processo:


Autoconsciência: é ajudar a criança a se conectar e identificar o que está sentindo e encontrar formas de buscar resolver o problema de forma positiva e não reativa. Dentro da escola podemos realizar atividades que geram aprendizado através de histórias, teatro, dança, desenho, educação física. Essas atividades ajudam a criança em sua regulação emocional através de sua compreensão sobre as consequências de seu comportamento e como atinge o seu próximo.


Resiliência: algumas crianças tem dificuldades em lidar com suas frustrações, pois as mudanças ocorrem de forma rápida e algumas crianças tem dificuldade em se adaptar a elas. E isso é normal, faz parte do amadurecimento. Por isso, o papel da escola é ajudar a criança a ser persistente, a experimentar o novo, que errar está tudo bem, e que é treinando que irá conseguir o resultado. E é aos poucos que ela vai percebendo seus avanços e confiando no processo. Crianças mais inseguras e com pais super-protetores dificultam a criança a ter capacidade de resolver suas questões. Logo, o conselho é não resolvam os problemas de seu filho se ele mesmo é capaz de resolvê-los. Isso faz com que a criança não seja capaz de tomar decisões gerando insegurança e vitimização. Quando a criança reprimi suas emoções ela perde a oportunidade de falar sobre elas. E essa é uma das formas dela modular sua raiva e ações.


Confiança: a confiança é necessária no processo de aprendizagem , elas precisam de ambiente seguro para explorar suas potencialidades. logo, essa confiança precisa vir da parceria entre Família e escola. Quando a criança sente confiança no processo ela se motiva a arriscar e aprender, além de se conectar com o seu corpo e mundo a sua volta. Isso gera autonomia, a torna protagonista na sua própria evolução e conecta com infinitas possibilidades para aprender coisas novas.


Empatia: desenvolver a empatia é fundamental para as boas relações interpessoais. Quando a criança aprende a se conectar com suas emoções, ela passa a reconhecer as emoções do outro. Assim, passam a construir relações de respeito e trocas de experiências. Para isso, é necessário a escola ou profissional promover situações que levem a criança a interagir, a lidar com diferenças nas formas de agir e pensar através de uma comunicação positiva, resolvendo as questões através de atividades pedagógicas práticas.


Socialização: Ajuda a criança a se conectar com o seu papel social, colaborativo e coletivo através de atividade em equipe visando a livre expressão para resolver o problema. Crianças que não compreendem regras e limites sociais terão mais dificuldade para desenvolver relações saudáveis interpessoais, isto é, quando elas tem dificuldade em em lidar com sua responsabilidade em relação ao outro de forma coletiva. E isso é essencial por toda a vida.


Portanto, não perca a oportunidade de ajudar a criança a lidar com suas questões emocionais. Isso é que prepara a criança a enfrentar os desafios da vida em sua jornada educacional e futuramente no profissional.

Apenas busque informação , confie no processo e incentive com muito diálogo . Um dia, você foi essa criança e será que teve a oportunidade e autoexpressão?


Fica a reflexão!


Até a próxima!


Profa. Evelyn de Paula Pereira









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