Aprender a nadar é uma verdadeira aventura para o bebê, não é mesmo?
O prazer em estar numa piscina , de brincar, de sorrir ou até mesmo estranhar torna a prática uma agradável experiência para a família.
Embora seja vista como um esporte prazeroso e que traz inúmeros benefícios, devemos estar cientes que a prática da natação segura, pode reduzir riscos de afogamentos. Porém, bebês até dois anos de idade devem estar acompanhados de seus pais, principalmente quando compartilhar piscina, já que podem afundar o bebê sem querer e estes acidentes ocorrem em segundos , por isso , fique sempre atento, mesmo que resolvam fazer uso de boias, ao contrário do parece elas dão uma falsa segurança.
Nos dois primeiros anos de vida, a criança experimenta sensações corporais, despertando o corpo e formas de explorar e de se movimentar no meio liquido, elas despertam este corpo para um meio que já conhecem, já que passaram 9 meses no ventre da mãe. Ao mesmo tempo para o bebê, o ambiente da piscina pode ser assustador devido a dimensão da piscina. E isso é trabalhado progressivamente. Junto ao estímulo e a segurança da mãe em aula, o bebê passa a fazer associações entre música e movimento, despertando seu corpo para muitas sensações no meio líquido.
Após os dois anos de idade a criança já passa a adquirir alguma autonomia de locomoção , ação, desejos, liberdade e impetuosidade na piscina, devido a liberdade de movimentação e vivência motora, que está em pleno desenvolvimento. Esta etapa exploratória a criança vive o seu corpo de forma mais desafiadora e intensa aos estímulos diversos, explorando bem os diversos recursos materiais utilizados em aula e deslocamentos variados de sobrevivência. Quanto mais independente e seguro o bebê estiver no meio líquido , mais vai testar seus próprios limites neste ambiente. É a fase do bebê " Eu cresci. Eu tudo posso experimentar". Cuidado! Não repreenda, apenas auxilie educando. Segundo Corrêa ( in Gesell), "As próprias idades têm sua individualidade. Aos 2 anos as coisas correm muito melhor em quase todas as áreas de comportamento. Uma maior maturidade e prontidão serena para fazer aquilo que é capaz, sem tentar teimosamente fazer as aquelas coisas que não consegue fazer , dão como resultado o equilíbrio bastante bom. A criança está segura de si tanto no domínio motor como na linguagem. Também, emocionalmente, a vida lhe parece mais fácil, e desenvolveu-se nela a capacidade de esperar e de suportar frustrações ligeiras e temporárias, se houver necessidade disto".
Nas fases seguintes, a criança começa a aprender a coordenar e a aperfeiçoar gradativamente, a respiração, a controlar melhor seu corpo em deslocamento e a coordenar alguns movimentos com ou sem auxílio de materiais ou do próprio professor. Paralelamente, ela começa a perceber a noção dos riscos no meio líquido e a receber orientações para buscar o apoio de materiais, da mesa de apoio ou da borda da piscina com segurança, sem tirar a liberdade perante suas conquistas exploratórias e seu desenvolvimento autônomo.
Por isso, a prática da natação para bebês desde os seis meses é importante para ensinar os pais a conduzirem seus filhos e receber as orientações dos profissionais para lidar possíveis acidentes e descuidos que podem ocorrer com a criança.
Durante todo o processo de aprendizado, as crianças são orientadas sobre os riscos e procedimentos de segurança, bem como é ensinado técnicas de respiração e movimento que ajudam em uma situação desconfortável. Logo, quanto mais o corpo do bebê e criança for vivido, ou seja, quanto mais ele aprender desde cedo a controlar este corpo e os possíveis riscos no meio aquático, "pode-se" diminuir riscos de afogamento, mais não evita-los. Com isso, o bebê e criança passa a ter mais confiança em si mesma e pode aproveitar a piscina sem correr maiores riscos. Claro que com supervisão dos pais ou profissionais!
Essa são algumas das sugestões caso ocorra algum incidente e o bebê ou criança cair na piscina:
Transmitir calma na medida do possível, segurança e orientação.
Brincar tirando o foco do ocorrido, claro desde que esteja tudo bem com o bebê.
Apesar da dificuldade em ver um filho correndo riscos, não puxe o bebê de forma brusca , grite ou tenha uma postura repreensiva, para que a criança não associe a piscina como algo ruim, acarretando um trauma futuro e não uma atividade que gere prazer.
Conversar com o bebê ou criança explicando através de associação e história sempre é o melhor caminho mesmo que ele demore um pouco mais para acalma.
Saia do ambiente da piscina após o bebê se acalmar do incidente, ou melhor, se puder acalme o bebê dentro do ambiente da piscina. Salvo em casos graves de afogamento.
Uma criança que sabe nadar ou tem o mínimo de noção de controle respiratório, e cai numa piscina funda, por exemplo, pode com sucesso, se deslocar até a borda e pedir ajuda para sair. No caso de bebês não, pois esse processo é gradativo, e o processo de ensino aprendizagem da natação começa a ser desenvolvido partir dos 2 anos e meio de idade.
Espero que tenham gostado das dicas!!!!
Evelyn de Paula Pereira
Profa. Ed. Física e Psicomotricista
Cref.03174-G/SP
Página: www.facebook.com/CorpoEmAtividade
Referência para leitura
Natação segundo a psicomotricidade. Velasco, Cacilda Gonçalves. Sprint. 2ªed.,1997,São Paulo.