Segundo a Dra. Lucia Ferro Bricks do departamento de Pediatria da FMUSP, a definição mais aceita para a cólica infantil baseia-se no comportamento da criança como: choro, irritabilidade, padrão de sono e despertar, alimentação e agitação. Manifesta-se após a segunda semana de vida, desaparecendo espontaneamente até o quarto mês. O choro tem início súbito: a criança parece sentir dor, fica inconsolável e, após os episódios, elimina gases. A irritabilidade e o choro ocorrem preferencialmente ao anoitecer e afeta ambos os sexos.
As principais causas das cólicas segundo alguns estudos podem ser: normal, os bebês choram por volta de 15 a 30 minutos e estão relacionados a temperamento da criança. Já em prematuros o choro se dá de acordo com seu amadurecimento; dificuldade em estabelecer ritmo de sono, resposta alterada a dor, fatores familiares e de personalidade, distúrbios gastrointestinais (má absorção da lactose, distúrbios intestinais e da vesícula biliar, refluxo gastresofágico e alergias alimentares).
O choro excessivo tem sempre um problema de base e deve ser investigado. Para tratamento caseiro muitos médicos indicam o uso de chás como Hortelã ou Camomila para acalmar a cólica do bebê. Mudar o tipo de leite também pode ser uma conduta a ser usada pelos médicos devido a alergia à lactose. Realizar massagens como Shantala apresenta bons resultados, além disso, favorece a interação e a afetividade mãe-bebê. Outro recurso, seria utilizar técnicas comportamentais, como aumentar o tempo de colo, colocar música suave no ambiente.
Portanto, a cólica não deve ser tratada como algo simples. Por isso, quanto mais os pais forem informados sobre os padrões normais do choro e condutas a serem utilizadas, menos os bebês sofrerão com estes sintomas desconfortantes.